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Bancos Centrais ponderam os riscos da tokenização

 

Me chamou a atenção a matéria publicada no site Finestra, sob o título “Central banks ponder the risks of tokenisation“.

A tokenização do dinheiro traz muitos benefícios, mas também apresenta desafios econômicos, jurídicos e técnicos que precisam ser abordados para que seu potencial seja totalmente realizado, afirma o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

O BIS define a tokenização como a geração e o registro de representações digitais de ativos tradicionais em uma plataforma programável.

Em um relatório preparado para o G20, o BIS afirma que essa tendência em desenvolvimento pode ter implicações para o papel dos bancos centrais em pagamentos, política monetária e estabilidade financeira.

Nessa matéria, Agustín Carstens, gerente-geral do BIS, diz: “A tokenização tem um potencial significativo para melhorar a segurança e a eficiência do sistema financeiro. Os bancos centrais, juntamente com o setor privado, devem continuar a explorar novas tecnologias e desenvolver soluções adequadas para o sistema financeiro do futuro. No entanto, a tokenização também apresenta desafios econômicos, legais e técnicos que devem ser enfrentados para que seu potencial seja realizado. O BIS está comprometido em explorar esses desafios por meio de sua análise e projetos no Hub de Inovação nos próximos anos.”

No início deste ano, o BIS, junto com sete bancos centrais, embarcou em um grande projeto para explorar a tokenização de pagamentos transfronteiriços. O Project Agorá baseia-se no conceito de livro-razão unificado, proposto pelo BIS, e investigará como depósitos tokenizados de bancos comerciais podem ser integrados com dinheiro tokenizado de bancos centrais em uma plataforma financeira programável público-privada.

Atualmente, o Banco Central do Brasil não está listado entre os sete bancos centrais principais participantes do Project Agorá, que é uma iniciativa liderada pelo Bank for International Settlements (BIS).

O projeto inclui bancos centrais da França, Japão, Coreia do Sul, México, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos, além de 41 instituições financeiras privadas de diferentes países, incluindo grandes nomes como Visa, Mastercard, Swift, Banco Santander e BBVA.

A meta do Project Agorá é explorar a tokenização de ativos e pagamentos transfronteiriços, utilizando depósitos tokenizados e dinheiro digital de bancos centrais para melhorar a eficiência e reduzir os custos em transações internacionais. A expectativa é que o Project Agorá esteja em andamento até o final de 2025, quando um relatório final será publicado, discutindo os aprendizados e as possíveis bases para uma futura infraestrutura de mercado financeiro

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Mastercard Utiliza IA Generativa para Combater Fraudes na Dark Web

A Mastercard está utilizando inteligência artificial generativa (GenAI) para dobrar a velocidade de detecção de cartões comprometidos. A tecnologia prevê detalhes completos dos cartões a partir de números parciais encontrados na Dark Web, ajudando a identificar novos padrões de fraude. Com isso, a taxa de detecção de cartões comprometidos aumentou 100%, reduziu os falsos positivos em 200% e acelerou a identificação de comerciantes em risco em até 300%. Isso melhora a confiança entre bancos, clientes e o ecossistema digital. Confira o texto original sob o título “Mastercard takes GenAI to the Dark Web”

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Mastercard anuncia o fim das senhas

Matéria publicada pela Finextra sob o título “Mastercard bids to kill passwords with new biometric service”

Após mais de uma década de colaboração com a Fido Alliance, a Mastercard lança um serviço que simplifica a integração de biometria para usuários que fazem login em aplicativos, sites e efetuam compras online.

O serviço se baseia nos mais recentes padrões da Fido e utiliza uma chave de acesso armazenada no celular do usuário, que só pode ser desbloqueada por meio de biometria, como impressão digital ou reconhecimento facial, garantindo acesso seguro a aplicativos e sites.

Essa autenticação pode ocorrer no navegador ou aplicativo móvel, utilizando a biometria preferida do usuário, como FaceID ou impressão digital, sem a necessidade de alternar entre diversos aplicativos ou dispositivos. Além disso, o serviço é compatível com todas as marcas de cartões e outras formas de pagamento além dos cartões.

A Mastercard afirma que essa tecnologia não apenas proporciona maior segurança em comparação com senhas, mas também oferece maior comodidade do que a autenticação de múltiplos fatores. A empresa busca acelerar a adoção da autenticação biométrica em colaboração com empresas globais.

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Payments 4.0

Leia a entrevista sobre o livro “Payments 4.0 – As forças que estão transformando o mercado brasileiro” em: “O livro sobre o futuro da Cielo, Stone, PagSeguro e Rede“, matéria de Pedro Arbex e Geraldo Samos 

O Luis Filipe Cavalcanti e eu, Edson Santos, trabalhamos nesse livro com muita dedicação e amor. Foram horas de pesquisa, entrevistas, estudos e discussões. Nossa meta sempre foi dividir conhecimento e experiência que tentamos repassar nessa livro. Espero que vocês possam tirar proveito, com insights e ideias que venham a auxiliar na sua jornada, mas também contribuir com seus comentários e críticas. Por favor, fiquem a vontade!

 

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PAYMENTS 4.0

As forças que estão transformando o mercado brasileiro

Autores: Edson Luiz dos Santos e Luis Filipe Cavalcanti.

No decorrer da nossa jornada profissional, o Luis Filipe e eu, reunimos informações, conhecimento, dados e pesquisas. No início de 2020, chegamos à conclusão de que tínhamos em mãos um material precioso que deveria ser revelado ao público em geral, de forma organizada, com uma linha clara de raciocínio. Dessa aposta, surgiu a ideia de escrever um livro sobre um tema central: como deve evoluir o mercado de pagamentos brasileiro nos próximos anos? Quais são os fatores que estão influenciando a mudança no setor? Como podemos nos preparar e nos antecipar aos movimentos de mercado?

Entendemos que uma das formas chegar a conclusões sobre o futuro é olhar o passado – isto é, analisar a forma como a evolução de uma indústria ocorreu e, a partir daí, traçar cenários e realizar previsões. Entretanto, nesse momento, temos fortes indícios de que está ocorrendo algo único na indústria de pagamentos. Olhar o passado e fazer previsões sobre o futuro não será suficiente para colocar a sua empresa entre os vencedores no mercado de pagamentos.

O motivo é que muitos dos aspectos que estão moldando o futuro dos pagamentos são novos: a desmaterialização do plástico, os pagamentos invisíveis, o crescimento das plataformas e ecossistemas, o pagamento instantâneo e o crescimento exponencial, para citar alguns dos assuntos tratados ao longo do livro. Dessa forma, decidimos elencar e analisar profundamente o conjunto de forças que estão transformando o cenário de pagamentos no Brasil e como a combinação dessas forças tem resultado em um mercado inovador e vibrante, com uma velocidade de transformação jamais presenciada.

Para atingir esse objetivo e apoiar o leitor nessa jornada, organizamos esse livro em onze capítulos. Dedicamos o primeiro deles a colocar todos os leitores no mesmo nível de conhecimento sobre o mercado de meios eletrônicos de pagamento. A complexidade da indústria e os diversos tipos de empresas que oferecem produtos e serviços na cadeia de pagamentos é descrita no segundo capítulo. No terceiro capítulo, introduzimos quais são as seis forças que estão transformando completamente o mercado de pagamentos, em um modelo elaborado por nós a partir de anos de análise.

Nos capítulos quatro até oito descrevemos as forças que estão transformando o mercado atualmente e que influenciarão as empresas do setor em um horizonte de tempo de 3 a 5 anos. Essas forças são a concorrência atual, os novos entrantes, a evolução do varejo, os reguladores do mercado e o avanço das novas tecnologias. No capítulo nove demonstramos que essas forças, embora sejam independentes, têm o potencial de juntas trazer uma disrupção para o mercado de pagamentos, um processo que foi acelerado pela crise causada pela pandemia de COVID-19.

Reservamos o capítulo dez para tratar de uma força em particular, o poder do consumidor, que ganha especial relevância ao analisarmos as gerações que predominarão nas próximas décadas: a geração Y, também chamada de “millennials”, e a geração Z. Elas já são mais da metade da população mundial e, em dez anos, serão 70% do mercado consumidor. Como elas foram influenciadas pelo contexto histórico? Como agem em relação ao trabalho e à vida? Qual a sua relação com as marcas?

É comum que as empresas do mercado de pagamentos foquem seus estudos no lojista, mas é preciso destacar que a influência das forças descritas neste livro tem levado à criação de novas soluções B2B2C e B2C, principalmente pela ascensão do telefone móvel como uma ferramenta única de interação com os consumidores. Além disso, o ritmo das transformações do varejo se dá, principalmente, pela influência de um consumidor soberano e cada vez mais exigente.

Por fim, trazemos no capítulo onze uma visão sobre como o comércio e os meios de pagamento devem se apresentar em dez anos. Discutimos como a transformação digital e a disseminação dos smartphones têm potencializado o desenvolvimento de plataformas e a criação de ecossistemas. Descrevemos a convergência de bancos, varejo, pagamentos e tecnologia na busca de novas fontes de receita. Falamos da desconstrução do plástico, de experiências de pagamento mais fluídas e dos pagamentos invisíveis. Abordamos como os serviços de assinatura e pagamentos recorrentes estão ampliando a participação no mercado, trazendo conveniência e previsibilidade. Por fim, discutimos a dinâmica dos pagamentos instantâneos, as oportunidades e os impactos para a indústria de pagamentos.

Esperamos que este livro seja uma pequena contribuição para a indústria de pagamentos. Desejamos que o leitor se divirta na jornada de leitura, tanto quanto nós no divertimos com os inúmeros debates que surgiram nas pesquisas e na elaboração dos textos. Não é simples escrever sobre um tema tão atual, ainda mais sob a influência da pandemia de COVID-19, que acelerou alguns dos movimentos já em curso na indústria. Finalmente, esperamos que a análise das seis forças descritas no livro contribua e passe a fazer parte da dinâmica de novos negócios e soluções que vivenciaremos na indústria de pagamentos daqui em diante.

Inscreva-se no webinar de lançamento aqui: https://lnkd.in/dP6GXq3.
Pré-venda do livro com 10 % de desconto aqui: https://bit.ly/payments4

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Stone e Linx – movimento para liderar

A estratégia da Stone é adicionar serviços baseados em tecnologia. A Linx já é uma empresa consolidada em tecnologia e pretende adicionar serviços financeiros, começando por pagamento. Juntas podem tomar a liderança do mercado.

por Luis Filipe Cavalcanti e Edson Santos

Em seu livro “O Modelo Delta: Reinventando sua Estratégia de Negócios”, o professor Hax ressalta que tratar a estratégia como uma guerra não é a forma mais efetiva de gerenciar um negócio, afinal guerras levam à devastação.

Os clientes, e não os competidores, que devem ser o centro ou a força motriz da estratégia, o que passa por entender profundamente as necessidades e apoiar os clientes de uma forma mais efetiva. Com o novo mundo digital e as tecnologias disponíveis, é possível implementar estratégias para atender as necessidades dos clientes de forma única e individual.

Indo além, ele propõe no modelo “Delta”, o conceito de empresa estendida (“extended enterprise”), em que a definição da estratégia parte não apenas das necessidades dos clientes, mas também das capacidades da empresa, seus fornecedores e complementadores para enriquecer a proposta de valor.

Diferentemente das propostas do professor Hax, o mercado de cartões de pagamento brasileiro tem caído nas armadilhas da comoditização de produtos e serviços, imitação da concorrência e guerra de preço. Ao longo da história, as duas principais empresas líderes no setor têm tido dificuldades em implementar estratégias para atender e agregar valor ao cliente final, enquanto observam a chegada de uma nova concorrência.

Mas a guerra brutal pelo mercado será vencida por aqueles players que conseguirem atender as necessidades do varejista além de pagamentos. Isso significa entender a cadeia de valor do comerciante, identificar “dores”, criar e ofertar soluções.

Dois grandes grupos de problemas e soluções irão dominar as próximas batalhas dessa guerra pela liderança:

a) Oferta de serviços e soluções financeiras para atacar problemas: maior oferta de crédito e com taxas mais acessíveis, redução dos fees e despesas bancárias, otimização e simplificação de fluxos das cadeias de credenciamento, bancária e de crédito com soluções integradas (one-stop-shop), etc; 

b) Tecnologia: há um grande espaço para a melhoria dos sistemas de automação, softwares de gestão e aplicativos que proporcionem a otimização na operação do varejo, com soluções integradas e especializadas, e aumento nas vendas, fidelização e melhora na experiência de compra pelos consumidores.

Os exemplos acima são apenas algumas das áreas que, uma vez integradas aos meios de pagamento, trarão enormes benefícios para os comerciantes de produtos e serviços no varejo.

No mercado SMB, com pouquíssimas exceções, um terminal POS conectado a uma credenciadora é um sistema totalmente apartado, que roda paralelamente a frente de caixa da loja. No final do dia, os comerciantes precisam conciliar suas vendas registradas com o extrato fornecido pela credenciadora e o extrato bancário.

Além disso, a maioria dos sistemas de automação do comerciante é baseada em hardware, o que dificulta a integração, resultando em uma enorme oportunidade para os provedores de tecnologia.

A Stone foi provavelmente a primeira credenciadora a implementar no Brasil a estratégia de integrar os meios de pagamento a um portfólio de serviços ao varejo (“software Integration”). Considere todas as empresas que a Stone adicionou aos seus ativos. Eles já podem oferecer serviços adicionais, integrados à solução de pagamento, ajudando os comerciantes a reconciliar suas vendas, integrar pagamentos à frente de caixa, liquidar transações em contas divididas (“split settlement”), serviços financeiros, software de automação, ERP, fidelização, etc.