Autor: Fabio Palmeira.
Data: 30 de março de 2024

Isso desafiou as instituições financeiras a fazerem mais, especialmente com o anúncio de que a Autoridade de Conduta Financeira (FCA) avaliará não só sistemas e controles de fraude das empresas, mas também permitirá que os provedores de serviços de pagamento (PSPs) adotem uma abordagem baseada em risco para permitir que os pagamentos fraudulentos tenham mais tempo para serem investigados.
O relatório aborda como os pagamentos em tempo real levaram os clientes e as empresas a efetuá-los de forma rápida e eficiente. Os fraudadores também aproveitaram para movimentar estes recursos rapidamente para que os fundos perdidos nunca possam ser repatriados com sucesso.
As instituições financeiras e os reguladores estão colaborando para implementar novas práticas como Autenticação Forte do Cliente (SCA), Confirmação do Favorecido (COP) e o Protocolo Bancário para identificar pagamentos suspeitos.
Atualmente, o Código do Modelo de Reembolso Contingente (CRM) reembolsa os clientes que sofreram os golpes No entanto, há uma diferença gritante entre a taxa de reembolso de organizações que fazem parte do CRM e aquelas que não fazem. O Regulador de Sistemas de Pagamento (PSR) revelou que um banco que faz parte do CRM reembolsou totalmente 94% dos casos de golpes relatados, enquanto um banco que não faz parte, reembolsou apenas 6% dos casos relatados.
Como os bancos podem gerenciar efetivamente a responsabilidade associada à fraude de pagamento autorizado (APP) e lidar com a responsabilidade de reembolsar 100% das vítimas? Com a entrada em vigor em 2024, os bancos devem implementar novas metodologias para investigar e atuar preventivamente, aumentando o acesso aos níveis adequados de inteligência. Isso é mais fácil dizer do que fazer, mas a mudança de responsabilidade fornece aos bancos uma data-chave para agir. Sob novos requisitos, os bancos devem reembolsar o cliente. No entanto, a questão chave na indústria é: até que ponto os bancos precisarão prevenir reembolsos e a que custo?
Com a implementação iminente de novas regulamentações, os bancos devem agir rapidamente para mitigar riscos, resolver problemas de experiencia do cliente e controlar custos crescentes. Ao incorporar essas mudanças poderão se adaptar proativamente às ameaças em evolução, reforçar a confiança do cliente e navegar no cenário regulatório em constante mudança. Desenvolver e implementar estratégias eficazes de combate à fraude em pagamentos garantirá a segurança nas transações e a confiança dos clientes no sistema financeiro digital. Essa dicotomia de prioridades exigirá:
- Score para pontuar risco dos pagamentos;
- Análise criteriosa das taxas de falsos positivos de modo a equilibrar a detecção de fraudes com a minimização das interrupções em transações legítimas;
- Incorporação da inteligência artificial para aprendizado sobre novos perfis de comportamento em tempo real;
- Garantir a explicablidade de modo a assegurar que as decisões tomadas pelo sistema de IA sejam compreensíveis e justificáveis;
- Melhoria da experiência do cliente com a implementação de medidas de segurança de forma a tornar a jornada mais fluida possível.
Com a implementação iminente de novas regulamentações, os bancos devem agir rapidamente para mitigar riscos, resolver problemas de experiencia do cliente e controlar custos crescentes. Ao incorporar essas mudanças poderão se adaptar proativamente às ameaças em evolução, reforçar a confiança do cliente e navegar no cenário regulatório em constante mudança. Desenvolver e implementar estratégias eficazes de combate à fraude em pagamentos garantirá a segurança nas transações e a confiança no sistema financeiro digital.