Trata-se de uma plataforma chamada FordPass que oferece aos motoristas diversas opções moveis. Veja a notícia em FordPass.
Tag: Meios de Pagamento
No Brasil ainda aguardamos ofertas de “carteiras digitais” que sejam aceitas pelos estabelecimentos comerciais, mas dependemos das iniciativas dos emissores de cartões de pagamentos e das Credenciadoras (Acquirers). Com a concentração bancária (que pode piorar, dependendo do destino do HSBC) e a verticalização das Credenciadoras, será muito difícil termos avanços importantes no curto prazo. Veja o post “O lento progresso…”
A tecnologia esta disponível nos mercados maduros, tanto para os consumidores quanto os lojistas, mas ainda falta o que o David Evans chamou de “ignite”, ou seja, “inflamar”, “pegar fogo”, etc.. Já falamos sobre a teoria micro econômica que explica a industria de pagamentos, a qual se deu o nome de “Two-Sided Market”. É necessário conquistar uma quantidade razoável de consumidores e lojistas dispostos a pagar e receber através de um smartphone.
Apple e Google sabem disso e estão tentando de todas as formas conquistar os consumidores. Essa batalha incluí facilitar ao máximo que o usuário baixe o APP em seu smartphone e, principalmente, ative sua Carteira Eletrônica. Quando você tem uma quantidade significativa de clientes querendo pagar com o celular, lojistas se sentiram muito motivados a adotar essa tecnologia para receber seus pagamentos.
Em seu post “WHAT MOBILE WALLETS AND SMARTPHONE CAMERAS NOW HAVE IN COMMON”, Karen Webster faz uma análise crítica sobre a tentativa da Apple e Google em oferecer seus APP já pré-carregados em seus smartphones, vis a vis, o comportamento do usuário de APP.
Parece ainda faltar ao consumidor um grande motivo, uma experiência única, uma razão forte para querer muito mudar de hábito e, aí assim, adotar a Carteira Eletrônica (Digital Wallet) em suas experiências de consumo.
O que faria você a mudar de hábito?
O decreto nº 8.426, publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União na noite de quarta-feira, dia 02/04, elevou a alíquota de PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas financeiras para 0,65% e 4%, respectivamente. Essas alíquotas haviam sido reduzidas a zero em 2004. As novas alíquotas incidirão a partir de 1º de julho de 2015, obedecendo ao período de noventena.
A Receita Federal estima arrecadar em 2015 cerca de R$2,7 bilhões, atingindo cerca de 80 mil empresas. Isto irá afetar o resultado obtido com o pré-pagamento de recebíveis com cartão de crédito e, muito provavelmente, esfrie os ânimos daqueles que querem entrar no negócio de recebíveis como acquirers ou sub-acquirers.
Leia mais: Retomada de alíquotas do PIS/Pasep e Cofins elevam arrecadação em 2015
A Caixa Econômica Federal quer levar mobile money para programas sociais do governo federal. A Caixa, a TIM e a Mastercard lançaram o Multibank, seu serviço de mobile money. Veja mais em: Multibank
No livro “Do Escambo à Inclusão Financeira – a evolução dos meios de pagamento” dedicamos um capítulo inteiro ao tema “Ambiente Regulatório” e mostramos como cada agente regulador pode chegar a diferentes conclusões e decisões.
Esta semana o Parlamento Europeu decidiu impor um teto à taxa de intercâmbio (Interchange Fee) nas transações de pagamento com cartões de crédito e débito. Veja a notícia em: EU Parliament approves interchange fee caps
Bem, para quem não esta familiarizado com o tema, uma parte da taxa de desconto que o lojista paga às Credenciadoras é repassado para a Instituição Financeira (normalmente Bancos) que emitiu o cartão de pagamento envolvido na transação. Essa tarifa tem o nome de Intercâmbio (Interchange Fee). Por sua vez, o Emissor do cartão repassa parte desses valores ao portador do cartão (o consumidor), como forma de incentivo ao seu uso. Por isso você recebe algumas isenções, milhagem e alguns serviços adicionais.
Desde a década de 60, quando MasterCard e Visa nasceram como associações entre bancos, estes passaram a exercer o papel de “Emissores” e “Credenciadoras” (Acquirers) de forma independentes. Surgiu então a necessidade de repassar parte das receitas obtidas pelas Credenciadoras (Taxa de desconto) para o Emissor do cartão de pagamento. A esta tarifa se deu o nome de Intercâmbio (Interchange Fee).
Há décadas se discute se o Intercâmbio é ou não anti-competitivo, afinal, de forma bem simplista, quanto mais se incentiva o consumidor a utilizar o cartão de pagamento, mais se pode cobrar do lojista pela prestação do serviço. Não dá pra discutir os detalhes neste post (sugiro a leitura do livro 🙂 ), mas há algo que chama a atenção:
Nos sistemas de pagamentos em que o Emissor e o Credenciador são a mesma Instituição Financeira, como por exemplo, American Express e Dinners (exceto Brasil), não existe a figura do Intercâmbio, entretanto, o princípio econômico é o mesmo: Um lado do mercado paga a conta (o Lojista) enquanto o outro lado é incentivado (o portador do cartão).
A decisão da União Européia, em reduzir e limitar a taxa de Intercâmbio, não se aplica às Bandeiras como American Express, Dinners e outras. O resultado pode gerar uma vantagem competitiva para essas bandeiras em detrimento de MasterCard e Visa. Isto ocorreu na Austrália, na década passada (2003 -2006), quando o banco central daquela país passou a regular o Intercâmbio e, depois de um resultado desfavorável, voltou atrás.
Não critico ou defendo decisões regulatórias como esta, apenas gosto de chamar a atenção para o seguinte fato: Quando não se compreende a teoria micro econômica deste mercado (também chamada de “Two-Sided Market”) o resultado podem ser muito diferente do esperado. “O tiro pode sair pela culatra”
Qual é a sua opinião?
Nada oficial, mas as notícias dão conta de que a Samsung deve lançar seu projeto de mobile payment, em outubro/15, sem cobrar das empresar de cartão de crédito na Coreia. Será que o mesmo pode acontecer nos Estados Unidos?
Bem, são mercados muito diferentes, por exemplo, sabe-se que a Coreia tem um dos maiores índices de utilização de cartões de pagamento, superior a 60% do consumo privado das famílias Coreanas. Cada adulto possui, em média, cinco cartões de pagamentos, entre cartões de crédito e débito. Os Coreanos também adotam novas tecnologias com muita facilidade. Somando-se esses fatos, é possível imaginar o sucesso da Samsung Pay em seu território.
Resta saber como será a batalha no território norte-americano, ou melhor, na casa da Apple. Veja mais em: Samsung Pay.