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Juíza da Florida diz que Bitcoin não é moeda

Pooler

Pois é! Acredita-se que seja o primeiro processo por lavagem de dinheiro contra um cidadão que utilizou Bitcoin como moeda.

O website designer Michell Abner Espinoza, em uma reunião em um quarto de hotel, concordou em vender Bitcoins no valor de US$ 30.000, para um policial disfarçado, que dizia precisar dos Bitcoins para comprar números de cartões de créditos Russos roubados. Michell foi indiciado em 2013, acusado dos crimes de transmissão ilegal e lavagem de dinheiro.

Entretanto, nesta segunda-feira, a Juíza Teresa Mary Pooler,  de Miami – FL, rejeitou as duas acusações, essencialmente porque, como na sua opinião Bitcoin não é dinheiro, o réu não pode ser cobrado por transmissão ilegal ou lavagem de dinheiro.

Bitcoin sempre viveu uma certa “crise de identidade”. Principalmente porque ninguém está realmente certo se ele deve ser considerado dinheiro ou bens. Nos Estados Unidos, a Receita Federal (IRS) diz que é propriedade para fins fiscais, a Commodity Futures Trading Commission diz que é uma mercadoria. No Brasil, o Banco Central emitiu um comunicado em 19/02/2014 em que se limita a explicar os risco da utilização de moedas virtuais. Entretanto, a maioria dos defensores Bitcoin (como eu) prefere de dizer que é a moeda mais avançado do mundo.

O relatório de oito páginas da Juíza Teresa Pooler contém frases e definições interessantes, como por exemplo:

“Há inquestionável falta de evidência de que o acusado fez algo de errado, que não seja vender sua Bitcoin para um investigador que queria construir um caso”.

“A tentativa de encaixar a venda de Bitcoin em um regime legal sobre empresas de serviços de remessa é como encaixar um pino quadrado em um buraco redondo”.

“Não há nada em nosso quadro de referências que nos permite definir ou descrever com precisão o que é Bitcoin”

A decisão final sobre como classificar Bitcoin vai acabar nas mãos dos legisladores e reguladores, não só nos Estados Unidos, mas em todos outros países, os legisladores terão ter que estudar e escrever uma definição mais rigorosa de Bitcoin que irá remover qualquer ambiguidade sobre se ela deve ou não ser classificado como moeda ou propriedade.

Eu condenaria Michell Espinoza por ato ilegal! E você?

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10 fatos intrigantes sobre Bitcoin

Bitcoin

O site HypeScience publicou uma matéria sob o título: Bitcoin: 10 fatos intrigantes sobre a “moeda do futuro”, na qual nos conta fatos históricos interessantes, como também, fatos que em sua análise, faz parecer que Bitcoin está diretamente relacionada a atos criminosos, como venda de drogas, fraude, roubo, chantagem ou mesmo terrorismo.

Não vou comentar ou criticar cada um deles, mas não posso concordar com a imagem negativa que a matéria induz.

Tire suas próprias conclusões. Apenas lembre-se que toda e qualquer moeda (fiduciária, digital, etc.) será sempre objeto de fraude (com maior ou menor grau de sucesso) e utilizada em qualquer outro crime, apesar de ter sido criada para fins de comércio pacífico.

 

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O fim do dinheiro

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Belo texto de  Gustavo H. B. Franco, publicado no Estado de São Paulo no dia 26/06/2016, sob o titulo “O fim do dinheiro“. vale a pena ler.

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Algumas tecnologias de pagamento florecem outras não

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Recentemente, li uma matéria publicada por Nick Kerigan, managing director of future payments at Barclaycard, na qual  comenta como as empresas de pagamento podem aprender com provedores de tecnologia. Compartilho o mesmo pensamento e faço uso de exemplos semelhantes em minhas palestras. Assim, divido-a com vocês na íntegra:

“We live in an age where new possibilities and innovations constantly encourage us to push technological boundaries to improve processes, businesses, consumers and ostensibly, the world. However, not all innovations succeed, and a big part of my job is looking ahead to consider future technologies and the impact they’re likely to have on the payments industry.

Repeatedly, reputable companies have invested in new technology, but haven’t reaped the commercial rewards. Reasons vary from timing, usability and functionality to consumer response.

Take Kodak as an example. By steadfastly maintaining that the physical ‘photo is king’, they lost their market-leading position. Despite inventing the first digital camera in 1975, by the time they discovered that digital photography would eventually replace film, their competitors had surpassed them – with cheaper products.

They weren’t alone. Nokia, having developed a handset with a touch-screen and internet capability in 2004 (three years before the iPhone), did not then invest in improving their operating system, and so ended up being overtaken by models which were smarter and more appealing to consumers. Then there’s Boo.com, a before-its time lifestyle website; in just 18 months, this start-up company invested around $135m. Yet its state-of-the-art functionality was far beyond the capabilities of most computers, and internet speeds, in 1999 – and ultimately failed.

Clearly technology has to have a purpose that converges with consumer lifestyle and demand.

In the future, payments will become increasingly invisible. Uber is a classic example. The simple marriage of the smartphone and a card has seen this start-up go from strength to strength.

Established companies such as John Lewis have also created new processes to benefit customers. Its Click and Collect service allows shoppers to purchase items online and pick up in-store. This model reduced the logistical difficulties associated with their growing e-commerce site and gave customers the choice of shopping in their preferred way.

It’s important that brands realize their potential and strengths, but it’s equally important that they keep an eye on staying relevant and anticipating the direction that their industry is going in.

As time wears on, customers will only become more selective, expect more and seek more convenient payments options. With this in mind, each and every business must both keep up with consumer demand and look into the future to become, and stay, successful.”

Nick Kerigan is managing director of future payments at Barclaycard

 

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Os hábitos financeiros dos Millennials – Geração Y

millennials-01A geração Y ou Millennials – os nascidos entre 1981 e 2005 – é a maior da história, ainda maior do que uma das gerações mais importantes do nosso tempo, os Baby Boomers. É também a primeira geração totalmente digital, vivendo quase inteiramente em seus smartphones.

A First Data publicou o resultado de uma pesquisa com Millennials norte-americanos, sob o título “There’s no slowing down millennials” . Traduzo aqui alguns dados e conclusões e estou convencido que os nossos Millennials são muito parecidos aos norte-americanos.

Não seria inteiramente correto dizer que a geração do milênio vive suas vidas online. O que eles realmente fazem é viver suas vidas em seus celulares: 86% com idades entre 25 e 34 são usuários de smartphones; 41% preferem se comunicar no trabalho eletronicamente em vez de “face a face”

Millennials reconhecem que há questões de segurança que surgem quando você vive no seu telefone. De acordo com um relatório Deloitte Center for Financial Services, 54% dos consumidores com menos de 35 anos de idade estão preocupados com a segurança de dispositivos móveis para fins bancários.

Muitos millennials jamais pensariam em entrar em uma agência bancária para cuidar de suas necessidades financeiras, ou mesmo preencher um cheque. 63% dos adultos da geração Y não têm sequer um cartão de crédito. Em comparação, apenas 35% dos consumidores com mais de 30 anos não têm cartões de crédito.

Então, como a geração Y está utilizando bancos?

Não é nenhuma surpresa que 94% dos consumidores com menos de 35 anos de idade são usuários ativos do banco on-line. Outros 27% considerariam utilizar um banco inteiramente digital, sem agências. Então, muitas coisas que são consideradas parte de um relacionamento bancário tradicional, a geração Y está fazendo agora em seus smartphones:

  • 38% usam aplicativos e ferramentas para fazer pagamentos de contas;
  • 43% verificam contas e históricos de transações;
  • 24% configuram pagamentos recorrentes automatizados;
  • 71% preferem ir ao dentista a ouvir o que os bancos dizem;
  • 33% acreditam que não vão precisar de um banco em cinco anos;
  • 71% consideram a relação bancária transacional, em vez de orientada para o relacionamento;
  • 33% estão abertos a mudar de banco nos próximos 90 dias.

Millennials estão usando cada vez mais métodos de pagamento on-line em vez de dinheiro e cheques: 47% dos consumidores já transferiram dinheiro eletronicamente para alguém e, 43% apontam o banco on-line como o primeiro ou segundo aspecto mais valioso da sua experiência bancário do dia-a-dia.

As atividades principais são verificação de saldos, pagamento de contas e transferência de dinheiro. 48% estão interessados em análise de gastos voltada para o futuro e em tempo real; 41% utilizam aplicativos de gerenciamento de dinheiro.

Está na hora de entender os Millennials, não apenas em termos de tecnologia, mas também para oferecer novas maneiras de atender às suas crescentes necessidades bancárias.

Smartphones são as novas carteiras. Millennials colocam neles seus bilhetes de cinema, cartões de embarque e cartões de recompensa, bem como os seus instrumentos financeiros, incluindo cartões de débito, cartões de crédito e sistemas de pagamento.

A aceitação crescente de P2P é uma oportunidade para as instituições financeiras diferenciar-se com novos serviços inovadores que complementam pagamento de contas e transferência de dinheiro dos serviços online existentes – serviços que somente os bancos podem fornecer.

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Inclusão Financeira no Peru

mobile paymentBIM

Peru faz história com Mobile Payment

O Peru esta lançando sua versão de Mobile Payment, com a marca Bim.

A iniciativa representa um grande esforço para a inclusão financeira e inédita já que reúne os esforços de várias entidades do sistema financeiro peruano, empresas de telecomunicações que operam no país e outros. Veja a matéria de Fernando Paiva.

Fernando explica por que o sistema é pioneiro: “São três as características que tornam o Bim um projeto pioneiro no mundo: 1) ser uma iniciativa conjunta de todo o setor bancário de um país; 2) permitir a troca de dinheiro através de qualquer celular, mesmo que seja para um número de outra operadora; 3) a escolha da instituição financeira responsável pelo gerenciamento da conta acontecer no ato do cadastro, pelo celular, a partir de uma lista dos bancos participantes.”

Vale a pena adicionar o fato que não requer um smartphone para usar a plataforma, é possível receber e transferir valores a partir de qualquer tipo de aparelho celular, já que as transações são executadas através do protocolo USSD. É possível transferir dinheiro para qualquer celular, mesmo que o beneficiário não tenha ainda um com a Bim.

Não se trata de uma “carteira digital”, mas sim de uma “Conta de Pagamento”, semelhante a um cartão pre-pago, mas sem a necessidade de um equipamento de captura.

A plataforma de pagamento móvel esta operando, em piloto,  desde dezembro 2015 e esta semana faz sua estreia nacional. Durante os dois primeiros meses foram realizadas duas operações básicas: carregar o telefone com o dinheiro e enviar ou receber dinheiro. No entanto, novos  e diversificados serviços serão incorporados progressivamente.

Conheça mais sobre a plataforma acessando www.mibim.pe