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PagSeguro e o mercado de MEI

A MEI

O Brasil possuía 8,7 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) registrados na Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa (SEMPE) em dezembro de 2016, mas apenas 19% desse total têm conta bancária como pessoa jurídica (PJ) e só 8% possuem operações de crédito também como PJ. O dado está no Panorama do Crédito Concedido a Microempreendedores Individuais, um estudo inédito divulgado pelo Banco Central.

Na minha opinião esse é o principal motivo pelo qual tradicionais Credenciadoras como Cielo, Rede, GetNet, assim como as multinacionais Global Payments e First Data tem uma enorme dificuldade para ofertar seus serviços de pagamento aos MEIs.

Todos sabem que os valores das transações com cartões de pagamento são liquidados em contas bancárias, sempre. Os sistemas e processos dessas empresas foram construídos para atender clientes incluídos no sistema financeiro e, com suas políticas de “AML – Anti Money Laundry” e “KYC – Know Your Customer”, dá muito trabalho analisar um pequeno (microempreendedor) cliente, que ao final, irá processar poucas transações e pequenos valores, em comparação a média do mercado.

As FinTechs podem ter resolvido o problema, ofertando uma “conta de pagamento” ao invés de uma “conta bancária”. Sem os fees cobrados pelos bancos e com sistemas e processos flexíveis é possível “ganhar o coração” (e o bolso) do empreendedor.

Totalmente digital, hoje é possível abrir uma conta de pagamento muito rapidamente e por tabela, ter acesso a uma plataforma digital onde ele pode pagar suas contas, transferir recursos para fornecedores, pagar salários, etc., e ainda de quebra, obter um cartão pré-pago, com uma bandeira de boa aceitação (Visa, MasterCard, Elo, etc), para suas despesas diárias.

Muitas dessas empresas ainda podem ofertar credito, na mesma conta, com base no histórico de transação do microempreendedor. Outro item, que muitas vezes passa despercebido, é que o emissor da conta de pagamento passa auferir as receitas de intercâmbio ou até mesmo 100% da taxa de desconto, quando utiliza bandeira própria.

A pergunta é: por que os bancos e as Credenciadoras não podem ofertar os mesmos serviços? Talvez a resposta mais justa seja uma questão de plataforma e estrutura de custos. Por isso, a Cielo adquiriu a Stelo e, com uma plataforma independente e processos flexíveis, pode atacar esse mercado com tudo.

Outra coisa que me vem em mente é a receita de aluguel de equipamento de captura (o POS ou a “maquininha”), trata-se da segunda melhor receita das grandes Credenciadoras. Como ofertar a venda ao mesmo tempo em que cobrando aluguel obtém resultados muito mais significativos? Entretanto, com uma marca “B”, voltada especificamente para esse mercado, talvez consiga manter a atual linha de receita.

A propósito, há tempos gostaria de falar sobre a venda de “maquininha” versus o aluguel da mesma. O microempreendedor compra um hardware que somente serve para fazer transação com a companhia que o vendeu, ou seja, ele é dono de “nada”. Se desejar fazer com que sua máquina seja utilizada com outras Credenciadoras, descobrirá que não vai funcionar, é como se você comprasse um telefone celular que só funciona com a operadora que lhe vendeu. Em outras palavras, o microempreendedor não está comprando um POS, mas um contrato de exclusividade.

Claro que, economicamente falando, pode ser mais vantajoso comprar do que alugar, mas tem que estar atento que toda e eventual necessidade de manutenção é por sua própria conta.

Você pode perguntar: por que a PagSeguro, SumUp e outras preferem vender? Na minha opinião é uma forma de reduzir o custo de aquisição de clientes (CAC). Sabemos que o negócio da Credenciadora depende da capacidade de distribuição e que as Credenciadoras ligadas aos bancos se aproveitam da capacidade que as agencias bancárias proporcionam. Para competir nesse mercado, uma boa maneira é mudar a forma de precificação, tornando-a mais atraente ao cliente. Assim, a PagSeguro até pode abrir mão da receita de aluguel ou de lucro na venda de equipamento, entretanto, tende a ter maior fidelidade do lojista que comprou a sua máquina, alavancando a captura e processamento de transações de pagamento e os resultados com pré-pagamento de recebíveis.

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Cielo se movimenta no long tail

A logo

Cielo adquiri a Stelo. Um movimento claro de que vai atacar o mercado de MEI’s – Micro Empreendedor Individual, ampliando a oferta de serviços de pagamento no mercado brasileiro.

Veja matéria de Geraldo Samor, publicada no Brazil Journal, sob o título “Cielo compra Stelo; foco em microempreendedores”

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IPO da PagSeguro

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PagSeguro, a credenciadora do Universo Online (UOL), apresentou pedido de IPO na bolsa de Nova York sob o símbolo “PAGS”, de acordo com documento apresentado nesta terça-feira, dia 26/12/17, ao órgão regulador dos mercados norte-americanos.

Veja matéria de Geraldo Samor, publicada em Brazil Journal, sob o título: “PagSeguro tenta IPO com crescimento forte e concorrência idem“.

Veja também a íntegra do prospecto preliminar em PAGSEGURO DIGITAL LTD

 

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Bitcoin & Blockchain

Blockchain

Com o título: “Bitcoin não é tulipa: 4 fatores que nos fazem resistir à inovação”, Guilherme Horn nos mostra por que é tão difícil para quem está tão envolvido num setor enxergar o valor das inovações, especialmente quando elas são, de fato, disruptivas.

Mesmo assim, você pode não acreditar em criptomoedas, mas não pode negar a tecnologia disruptiva por trás do Bitcoin: Blockchain! Como disse Martino “…uma plataforma através da qual pela 1a. vez na história da humanidade podemos concordar ou atingir consenso sobre qualquer coisa, digitalmente.”

Quer saber mais sobre Blockchain e DLT – distributed ledger technology, veja neste blog: “Blockchain! O que você precisa saber”

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Seu carro terá uma carteira eletrônica

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UBS, IBM e a fabricante de peças de automóveis ZF estão trabalhando juntas para construir um sistema de pagamentos baseado em blockchain que cobra taxas automaticamente por produtos e serviços, como por exemplo, estacionamento e abastecimento.
Os parceiros dizem que seu “Car eWallet” atuará como um assistente digital, permitindo pagamentos seguros e convenientes em qualquer lugar. O sistema provavelmente se tornará cada vez mais útil à medida que os carros autônomos se tornem uma realidade, proporcionando uma maneira de autorizar de forma independente os pagamentos sem que o proprietário ou o usuário tenham que participar de forma ativa.

Veronica Lange, chefe de inovação da UBS, diz: “No mundo digitalmente conectado, nenhuma instituição funciona isoladamente. Como uma das principais instituições de serviços financeiros, buscamos o desenvolvimento de uma nova plataforma que transformará a forma como as transações e os pagamentos entre veículos e outras máquinas podem ser feitos de forma eficiente e segura “.

No futuro, a plataforma, fornecida através do IBM Cloud e conduzida pelo Hyperledger Fabric 1.0, não só será usada para estacionamento e pedágio, como também para compartilhamento de carro, serviços recarga elétricos e serviços de entrega.

 

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PagueVeloz – transferência via Siri

PagueVeloz

No último post mostramos que o Royal Bank of Canada (RBC) lançou “Siri Bill Payments”, ou seja, pagamento de contas utilizando o assistente Siri da Apple.

Pra nossa surpresa, temos uma FinTech brasileira que já utiliza o dispositivo de voz nas transferências entre contas de pagamento, desde 2016. Assista o video demonstrando essa funcionalidade.

Visitei a PagueVeloz, em sua sede em Blumenau-SC, e divido contigo o que aprendi:

O que é a PagueVeloz?

Somos uma fintech que desenvolveu uma plataforma online que facilita o recebimento via cartão de crédito, o gerenciamento e a emissão de boletos bancários, a formulação do preço de vendas parceladas, transferência de recursos, pagamento de contas, carregar o cartão pré-pago PagueVelz, tudo com o saldo da própria conta virtual.

Do ponto de vista regulatório, a PagueVeloz se enquadra como uma instituição de pagamento emissora de moeda eletrônica realizando também o pagamento de subcredenciadora de estabelecimentos a aceitarem instrumento de pagamento – cartão de crédito.

Como surgiu a ideia do negócio?

Em 2013, quando um dos sócios atuava em uma empresa que desenvolvia sistemas para despachantes e autoescolas, ele percebeu que essas empresas tinham dificuldade em emitir boletos e realizar vendas parceladas e careciam de um meio de pagamento que entendesse a dinâmica de seu negócio. O sistema PagueVeloz começou a ser utilizado nestes segmentos e foi aprimorado, ganhando mais funcionalidades. Uma delas é a descrição das taxas de serviços de forma bem simples e com valores abaixo das praticadas por instituições tradicionais. Hoje a PagueVeloz está em variados segmentos, além de ser uma solução também para pessoa física. Já são mais de 4 mil usuários em todo o país.

Quais as novidades tecnológicas que a solução implementou?

Além das já citadas, umas das novidades é a opção de realizar transferências via dispositivo de voz. A PagueVeloz se orgulha por ter sido a primeira fintech brasileira a lançar essa opção. Basta, no seu smartphone, abrir a aplicação e informar valor e destinatário para fazer a operação entre contas PagueVeloz.

Neste ano a novidade implementada pela PagueVeloz é o lançamento de um cartão de débito pré-pago próprio, na modalidade internacional.

Como o cartão de débito vai funcionar?

É bem simples: ele terá bandeira Visa e será, inclusive, internacional. Poderá ser utilizado em qualquer local que seja credenciado pela VISA. Basta o usuário PagueVeloz transferir o valor que tem em sua conta digital para o cartão e assim utilizá-lo. A ideia é facilitar o uso desses valores sem que o cliente tenha que transferir para uma conta tradicional e sacar o dinheiro em espécie. Vai ser bem mais rápido e cômodo.

A partir de quando estará liberado? Como adquirir?

A partir de agosto alguns dos nossos usuários já receberão o cartão para testes. Em setembro, qualquer usuário PagueVeloz poderá solicitar um ou mais cartões, que são entregues pelos Correios e ativados na plataforma.

Qual a perspectiva de crescimento da PagueVeloz para 2017?

Até o fim do ano pretende aumentar em 500% o número de clientes e em 700% o volume de transações. Em 2016, movimentamos mais de R$ 60 milhões em transações no cartão de crédito e R$ 200 milhões no boleto e a expectativa para 2017 é que a plataforma movimente 1Bilhão de reais.