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Bitcoin – parte 1/3

Bitcoin

Material retirado do livro “Do Escambo à Inclusão Financeira” – A Evolução dos Meios de Pagamento, publicado em novembro de 2014.

Como surgiu o Bitcoin

Em 2008, Satoshi Nakamoto, o fundador do Bitcoin, cuja verdadeira identidade não é conhecida, habilmente combinou tecnologias existentes de rede entre pessoas (peer-to-peer), técnicas de criptografia, assinaturas digitais e o poder potencial de efeitos de rede para projetar e desenvolver o sistema BTC. Nakamoto foi muito claramente motivado neste esforço pela precipitação da crise financeira daquele ano. Quando o experimento foi lançado e as primeiras 50 Bitcoins (o chamado “bloco genesis”) foram “mineradas”, em janeiro de 2009, ele (ou ela, ou eles) incluiu a seguinte linha de texto no primeiro bloco de Bitcoin que corresponde à manchete do jornal The Times daquele dia: “The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for Banks”[em tradução livre, algo como “Em 3/1/2009, Chanceler à beira de segundo resgate para os bancos”]. Decerto, Nakamoto estava querendo provar com aquela manchete que aquele era de fato o primeiro bloco, não existindo nenhum outro antes desse. Além disso, a manchete do jornal The Times escolhida por ele revela, de certa forma, sua motivação política.

Até seu completo desaparecimento da web, no segundo trimestre de 2012, Nakamoto foi um dos participantes mais ativos em fóruns de criptografia, em que ele discutia Bitcoin livremente, chegando a publicar um documento de nove páginas descrevendo os detalhes do projeto. Uma revisão informal de vários posts e comentários de Nakamoto confirma que, desde o início, BTC foi concebido como um sistema para a eliminação da possibilidade de corrupção a partir da emissão e troca de moeda. Ou, dito de outra maneira: em vez de confiar nos governos, bancos centrais e outras instituições de terceiros para garantir o valor das transações em moeda e de garantias, Bitcoin iria colocar na rede a sua confiança em matemática.

Nakamoto chegou a escrever, em fevereiro de 2009, um post no blog da Fundação P2P – organização internacional focada em estudar, pesquisar, documentar e promover práticas peer to peer [arquitetura de redes de computadores onde cada um dos pontos ou nós da rede funciona tanto como cliente quanto como servidor, permitindo compartilhamentos de serviços e dados sem a necessidade de um servidor central, gerando conhecimento comum e colaborativo]. Nesse post, ele descrevia a diferença entre BTC e a moeda fiduciária:

“[Bitcoin é] completamente descentralizado, sem servidor central ou partes confiáveis, porque tudo é baseado em prova de criptografia em vez de confiança. A raiz do problema com a moeda convencional é toda a confiança necessária para fazê-la funcionar. O banco central deve ser confiável para não desvalorizar a moeda, mas a história de moedas fiat é cheia de transgressões dessa confiança. Os bancos devem ser confiáveis para guardar o nosso dinheiro e transferi-lo eletronicamente, mas eles emprestam em ondas de bolhas de crédito com apenas uma fração de reserva. Temos que confiar neles quanto à nossa privacidade e confiar neles para não deixem os ladrões de identidade drenar nossas contas (…) Com a moeda digital baseada na prova de criptografia, sem a necessidade de confiar em um intermediário, o dinheiro pode ser seguro e as transações, realizadas sem esforço.”

Por um lado, o Bitcoin restaura o dinheiro como uma forma de propriedade, com a atribuição de títulos de propriedade. O que está sendo negociado não é uma relação de confiança, mas um recurso de propriedade. A este respeito, BTC recorda a honestidade e integridade do padrão ouro-moeda.

Por outro lado, Bitcoin nos atira para a frente no tempo, fazendo a troca monetária geograficamente possível entre dois indivíduos no planeta, independentemente deles terem uma conta bancária ou cartão de crédito. Esta é a característica que faz um cripto-padrão ser muito melhor que qualquer padrão ouro proposto.

BTC vem ganhando um enorme destaque na mídia mundial como nenhum outro assunto. Entretanto, há uma enorme lacuna de conhecimento e entendimento entre o que imprensa, governos e pessoais normais pensam e o que a crescente massa de tecnologistas e estudiosos no assunto acreditam que Biticoin é.

Muito do que foi escrito até agora sobre Bitcoins centrou-se na percepção dos perigos de seu relativo anonimato, a irreversibilidade de transações e deles poderem ser usados para lavagem de dinheiro e transações criminosas. Além disso, o fato de seu criador permanecer em total anonimato cria um ambiente de mito. Este comportamento ditado pelo “medo” tem impedido a avaliação racional dos potenciais benefícios e deficiências da cripto-moeda. Ora, dinheiro também é anônimo; ele também é usado em lavagem de dinheiro e transações ilegais. Tal como BTCs, dinheiro roubado é difícil de se recuperar, e uma transação em dinheiro não pode ser facilmente rastreada até a fonte. Quando uma identidade é roubada, também não há recurso imediato para a reversão de transações, como com cobranças de cartão de crédito ou reembolsos bancários. No entanto, é difícil acreditar que qualquer um que tenha escrito criticamente sobre os perigos do Bitcoin preferiria uma economia em que as transações em dinheiro privadas fossem ilegais.

Em primeiro lugar, Bitcoin em seu nível mais fundamental é um avanço na ciência da computação – que se baseia em 20 anos de pesquisa em moeda criptográfica, e 40 anos de pesquisa em criptografia, por milhares de pesquisadores ao redor do mundo. BTC é a primeira solução prática para um problema antigo na ciência da computação chamado de “Problema dos generais bizantinos”.

Imagine um grupo de generais do exército bizantino (época do Império Romano do Oriente, entre os anos de 330 a 1453) acampado com suas tropas em torno de uma cidade inimiga. Comunicando-se somente por mensageiros, os generais devem combinar um plano de batalha. No entanto, um ou mais deles podem ser traidores que vão tentar confundir os outros. O problema é encontrar um algoritmo para assegurar que os generais leais irão chegar a um acordo comum. De forma geral, o problema coloca a questão de como estabelecer a confiança entre partes não-relacionadas em uma rede não-confiável como é o caso da Internet.

A solução que Bitcoin introduz é justamente esta: todos os generais começam a trabalhar em um problema matemático que, estatisticamente, deveria demorar 10 minutos para ser resolvido se todos os envolvidos trabalharem nele. Uma vez que um deles encontra a solução, ele transmite essa solução para todos os outros generais. Todo mundo então começa a trabalhar na extensão dessa solução – que mais uma vez deve levar mais dez minutos. Cada general sempre começa a trabalhar na extensão da solução mais longa que ele já viu. Depois que uma solução for estendida 12 vezes, cada general pode ter certeza de que nenhum inimigo controlando menos da metade dos recursos computacionais poderia ter criado uma outra cadeia de comprimento similar. A existência da cadeia de 12-blocos é a prova de que a maioria deles teve participação na sua criação. Nós chamamos isso de um esquema de “prova de trabalho”.

A consequência prática de resolver este problema é que Bitcoin nos dá, pela primeira vez, uma maneira de um usuário da Internet transferir uma peça de propriedade digital única para outro usuário da Internet, de modo que a transferência seja garantida por ser segura, transparente (todo mundo sabe que a transferência ocorreu), e ninguém pode contestar a legitimidade dessa transação.

Pense sobre assinaturas digitais, contratos digitais, chaves digitais (para fechaduras físicas ou para cofres virtuais), a posse digital de ativos físicos (como carros e casas, ações digitais e títulos)… e dinheiro digital. Com o uso da tecnologia de Bitcoin, todos esses ativos poderão ser trocadas através de uma rede distribuída de confiança entre pessoas, que não requer ou depende de nenhuma autoridade central ou intermediários. E tudo de forma que apenas o proprietário de um ativo possa enviá-lo, somente o destinatário pode recebê-lo, o ativo somente pode existir em um lugar de cada vez, e todos podem validar transações e propriedade de todos os bens a qualquer instante.

Embora existam ou tenham existido pelo menos 110 outras moedas digitais, Bitcoin é responsável por 77% do valor de mercado de todas as moedas digitais e por uma porcentagem ainda maior de usuários de moeda digital. Por isso a utilizamos como modelo sobre esta nossa discussão sobre moeda digital.

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Por que sua carteira está se tornando a próxima plataforma

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Digital Wallet não sai dos seus pensamentos? então não deixe de ler o artigo de Alex Rampell: “Why your wallet is becoming the next platform”

Com uma visão holística, Alex nos mostra o que chamou de “pilha” (Stack), ou o “caminho” natural quando se utiliza “mobile payment” para acessar e utilizar um meio de pagamento eletrônico.

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Neste artigo, ele nos faz pensar como cada player tenta defender sua posição na pilha. Alex mostra como startups (FinTech) deveriam se posicionar quando buscam seu lugar na “pilha de pagamento”.

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O futuro é agora

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Quantas vezes ouvimos que os pagamentos se tornaram móveis, simples e seguros? lembra do post “Tecnologia e comportamento”?

Ja dissemos que o ato de pagar se tornará invisível, ou seja, se dará “atraz do palco” (back stage). Um exemplo esta no post “Imagine pagar sem mesmo levantar o dedo”

Isso tudo já é realidade em alguns mercados e deve seguir sua evoloção natural, sendo adotodo, cada vez mais, por consumidores e varejistas.

Entretanto, a Amazon foi muito além. Ao decidir abrir lojas físicas, investiu e desenvolveu tecnologia para produzir uma experiência fantástica. Veja o video “Amazon Go”, é auto explicativo.

A tecnologia avança de forma surpreendente. Mudamos produtos e processos com rapidez exponencial, gerando novas formas de atender nossos clientes. Algumas dessas inovações são parte da evolução natural, mas outras são disruptivas. Qual será a proxima novidade? Virá de um concorrente conhecido ou de outra frente nunca antes pensada?

As FinTech estão aí para tomar bons lugares e mostrar como se faz. O futuro é agora!

 

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4ª Revolução Industrial

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Udo Gollub em Messe Berlin  (Conferência da Universidade da Singularidade)

Em 1998, a Kodak tinha 170.000 funcionários e vendeu 85% de todo o papel fotográfico vendido no  mundo. No curso de poucos anos, o modelo de negócios dela desapareceu e eles abriram falência. O que aconteceu com a Kodak vai acontecer com um monte de indústrias nos próximos 10 anos – e a maioria das pessoas não enxerga isso chegando. Você poderia imaginar em 1998 que 3 anos mais tarde você nunca mais iria registrar fotos em filme de papel?

No entanto, as câmeras digitais foram inventadas em 1975. As primeiras só tinham 10.000 pixels, mas seguiram a Lei de Moore. Assim como acontece com todas as tecnologias exponenciais, elas foram decepcionantes durante um longo tempo, até se tornarem imensamente superiores e dominantes em uns poucos anos. O mesmo acontecerá agora com a inteligência artificial, saúde, veículos autônomos e elétricos, com a educação, impressão em 3D,  agricultura e empregos.

Bem-vindo à quarta Revolução Industrial!
O software irá destroçar a maioria das atividadestradicionais nos próximos 5-10 anos.

O UBER é apenas uma ferramenta de software, eles não são proprietários de carros e são agora a maior companhia de táxis do mundo. A AIRBNB é a maior companhia hoteleira do mundo, embora eles não sejam proprietários.

Inteligência Artificial: Computadores estão se tornando exponencialmente melhores no entendimento do mundo. Neste ano, um computador derrotou o melhor jogador de GO do mundo, 10 anos antes do previsto.  Nos Estados Unidos, advogados jovens já não conseguem empregos.

Com o WATSON, da IBM, V. pode conseguir aconselhamento legal (por enquanto em assuntos mais ou menos básicos) dentro de segundos, com 90% de exatidão se comparado com os 70% de exatidão quando feito por humanos. Por isso, se V. está estudando Direito, PARE imediatamente. Haverá 90% menos advogados no futuro, apenas especialistas permanecerão.

O WATSON já está ajudando enfermeiras a diagnosticar câncer, quatro vezes mais exatamente do que enfermeiras humanas.

Veículos autônomos: em 2018 os primeiros veículos dirigidos automaticamente aparecerão ao público. Ao redor de 2020, a indústria automobilística completa começará a ser demolida.  Você não desejará mais possuir um automóvel.  Nossos filhos jamais necessitarão de uma carteira de habilitação ou serão donos de um carro.

Isso mudará as cidades, pois necessitaremos 90-95 % menos carros para isso.  Poderemos transformar áreas de estacionamento em parques.  Cerca de 1.200.000 pessoas morrem a cada ano em acidentes automobilísticos em todo o mundo. Temos agora um acidente a cada 100.000 km, mas com veículos auto-dirigidos isto cairá para um acidente a cada 10.000.000 de km. Isso salvará mais de 1.000.000 de vidas a cada ano.

A maioria das empresas de carros poderão falir. Companhias tradicionais de carros adotam a tática evolucionária e constroem carros melhores, enquanto as companhias tecnológicas (Tesla, Apple, Google) adotarão a tática revolucionária e construirão um computador sobre rodas.  Eu falei com um monte de engenheiros da Volkswagen e da Audi: eles estão completamente aterrorizados com a TESLA.

Companhias seguradores terão problemas enormes porque, sem acidentes, o seguro se tornará 100 vezes mais barato. O modelo dos negócios de seguros de automóveis deles desaparecerá.

Os negócios imobiliários mudarão. Pelo fato de poderem trabalhar enquanto se deslocam, as pessoas vão se mudar para mais longe para viver em uma vizinhança mais bonita.

Carros elétricos se tornarão dominantes até 2020. As cidades serão menos ruidosas porque todos os carros rodarão eletricamente. A eletricidade se tornará incrivelmente barata e limpa: a energia solar tem estado em uma curva exponencial por 30 anos, mas somente agora V. pode sentir o impacto. No ano passado, foram montadas mais instalações solares que fósseis. O preço da energia solar vai cair de tal forma que todas as mineradoras de carvão cessarão atividades ao redor de 2025.

Com eletricidade barata teremos água abundante e barata. A dessalinização agora consome apenas 2 quilowatts/hora por metro cúbico. Não temos escassez de água na maioria dos locais, temos apenas escassez de água potável. Imagine o que será possível se cada um tiver tanta água limpa quanto desejar, quase sem custo.

Saúde: O preço do Tricorder X será anunciado este ano.  Teremos companhias que irão construir um aparelho médico (chamado Tricorder na série Star Trek) que trabalha com o seu telefone, fazendo o escaneamento da sua retina, testa a sua amostra de sangue e analisa a sua respiração (bafômetro). Ele então analisa 54 bio-marcadores que identificarão praticamente qualquer doença. Vai ser barato, de tal forma que em poucos anos cada pessoa deste planeta terá acesso a medicina de padrão mundial praticamente de graça.

Impressão 3D: o preço da impressora 3D mais barata caiu de US$ 18.000 para US$ 400 em 10 anos. Neste mesmo intervalo, tornou-se 100 vezes mais rápida. Todas as maiores fábricas de sapatos começaram a imprimir sapatos 3D. Peças de reposição para aviões já são impressas em 3D em aeroportos remotos.

A Estação Espacial tem agora uma impressora 3D que elimina a necessidade de se ter um monte de peças de reposição como era necessário anteriormente. No final deste ano, os novos smartphones terão capacidade de escanear em 3D. Você poderá então escanear o seu pé e imprimir sapatos perfeitos em sua casa. Na China, já imprimiram em 3D todo um edifício completo de escritórios de 6 andares. Lá por 2027, 10% de tudo que for produzido será impresso em 3D.

Oportunidades de negócios: Se V. pensa em um nicho no qual gostaria de entrar, pergunte a si mesmo:  “SERÁ QUE TEREMOS ISSO NO FUTURO?” e, se a resposta for SIM, como V. poderá fazer isso acontecer mais cedo? Se não funcionar com o seu telefone, ESQUEÇA a idéia. E qualquer idéia projetada para o sucesso no século 20 estará fadada a falhar no século 21.

Trabalho: 70-80% dos empregos desaparecerão nos próximos 20 anos.  Haverá uma porção de novos empregos, mas não está claro se haverá suficientes empregos novos em tempo tão exíguo.

Agricultura: haverá um robô agricultor de US$ 100,00 no futuro. Agricultores do 3º mundo poderão tornar-se gerentes das suas terras ao invés de trabalhar nelas todos os dias. A AEROPONIA necessitará de bem menos água. A primeira vitela produzida “in vitro” já está disponível e vai se tornar mais barata que a vitela natural da vaca ao redor de 2018.

Atualmente, cerca de 30% de todos as superfícies agriculturáveis são ocupados por vacas. Imagine se tais espaços deixarem se ser usados desta forma. Há muitas iniciativas atuais de trazer proteína de insetos em breve para o mercado. Eles fornecem mais proteína que a carne. Deverá ser rotulada de FONTE ALTERNATIVA DE PROTEÍNA. (porque muitas pessoas ainda rejeitam ideias de comer insetos).

Existe um aplicativo chamado “moodies” (estados de humor) que já é capaz de dizer em que estado de humor V. está. Até 2020 haverá aplicativos que podem saber se V. está mentindo pelas suas expressões faciais. Imagine um debate político onde estiverem mostrando quando as pessoas estão dizendo a verdade e quando não estão.

O BITCOIN (dinheiro virtual) pode se tornar dominante este ano e poderá até mesmo tornar-se em moeda-reserva padrão.

Longevidade: atualmente, a expectativa de vida aumenta uns 3 meses por ano.  Há quatro anos, a expectativa de vida costumava ser de 79 anos e agora é de 80 anos. O aumento em si também está aumentando e ao redor de 2036, haverá um aumento de mais de um ano por ano. Assim possamos todos viver vidas longas, longas, possivelmente bem mais que 100 anos.

Educação: os smartphones mais baratos já estão custando US$ 10,00 na África e na Ásia.  Até 2020, 70% de todos os humanos terão um smartphone.  Isso significa que cada um tem o mesmo acesso a educação de classe mundial.  Cada criança poderá usar a academia KHAN para tudo o que uma criança aprende na escola nos países de Primeiro Mundo.

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A morte dos programas de fidelidade?

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Confira a matéria de Adriano Araújo, reproduzido abaixo, sobre o resultado de um estudo realizado pelo Collinson Group.

Programas de fidelidade genéricos, baseados em pontos, perderam o encanto para consumidores da classe média alta. Esses consumidores agora buscam experiências personalizadas que vão muito além da troca de pontos como recompensa. Essa é a principal conclusão de um estudo realizado pelo Collinson Group com 6.125 consumidores afluentes em dez países, incluindo o Brasil.

O cenário é realmente preocupante para a indústria de programas de fidelidade. Segundo a pesquisa, 35% dos consumidores disseram literalmente que “não estão nem aí” para programas tradicionais de pontos. A participação em programas de fidelidade caiu globalmente em vários setores que são tradicionalmente vistos como sinônimos desse tipo de ação. Programas de supermercados apresentaram uma queda de 6% de participação; já os de companhias aéreas e de cartões de crédito apresentaram quedas ainda maiores — de 10% e 15%, respectivamente.

Não vejo, porém, esses resultados como o fim dos programas de fidelidade e sim o início do fim daqueles genéricos, baseados em pontos. Ainda há muito espaço para abordagens diferentes.

Consumidores agora esperam muito mais. Querem interagir com as suas marcas de forma personalizada nas plataformas de sua preferência. Há uma tendência clara de empresas fugirem de programas de pontos e está cada vez mais difícil convencer os CEOs a aceitarem o passivo gerado em seus balanços pelo estoque de pontos do programa de fidelidade. Perde força a mecânica tradicional e ganham as mecânicas alternativas, como promoções e experiências exclusivas e personalizadas.

Personalização é a palavra-chave. Plataformas de big data hoje já tornam acessíveis a personalização em massa e o marketing um a um, que antes só eram acessíveis a gigantes corporativos

O programa de fidelidade da RiteAid, por exemplo, entrega ofertas personalizadas para 13 milhões de clientes todos os meses. Imagine receber em casa 20% a 30% de desconto nos produtos de que você mais gosta. Os clientes são abordados em diferentes canais, como mala direta, e-mail, aplicativo e cupom no caixa.

O mais bacana é que o programa usa inteligência artificial para aprender as preferências dos clientes. Se você não responde a campanhas de e-mail, por exemplo, o motor de big data aprende e passa a usar outros canais para se comunicar contigo.

O segredo aqui é relevância — usar o entendimento profundo dos hábitos de compra e consumo dos clientes para ser o mais relevante possível na comunicação. Quando clientes entram em um programa de fidelidade eles assinam um contrato implícito com a empresa: eu, cliente, dou acesso aos meus dados e, em troca, recebo uma melhor experiência, comunicações e ofertas muito mais relevantes. Todas as vezes que as empresas bombardeiam os clientes com mensagens e ofertas irrelevantes, elas rompem com esse importante contrato.

Dessa forma, a maior parte do valor de um programa de fidelidade não está na troca de pontos. O valor está em ganhar a permissão dos clientes para capturar seus dados de compra e engajar em um diálogo mais relevante por meio de comunicação personalizada.

Não estou dizendo aqui que a tradicional mecânica de troca de cada real gasto por pontos não gera nenhum valor, mas sim que essa não deve ser sua principal razão para aderir ou criar um programa de fidelidade. Várias análises que fiz ao longo de minha carreira comprovaram que, de longe, o grande valor não está no programa em si, mas em como utilizamos os dados de cliente para entregar uma melhor experiência de compra e consumo. As pessoas então retribuem essa melhor experiência com mais fidelidade à sua marca. O grande ganho vem daí: da melhor experiência de compra que gera maior fidelidade e não da troca transacional pontos por real gasto.

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Tecnologia e comportamento

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Nosso comportamento é influenciado pela tecnologia? ou somos nós quem dita a evolução tecnológica? Na verdade, isso não me parece importante, mas pode ser divertido observar certos comportamentos e seus contrastes entre gerações.

Vejamos alguns exemplos de como podemos pagar por produtos e serviços utilizando um smartphone. As peças a seguir fazem parte de uma campanha publicitária de um banco Australiano sobre o uso de NFC (Near Field Communication).

O primeiro video mostra um executivo falando ao celular ao mesmo tempo em que paga a conta em uma grocery store.

O segundo video é ainda mais engraçado e poderia se chamar bumbum-pay.

Já o terceiro….bem , veja  o que pode acontecer com um casal de Millennials.

Se você acha que está demorando pra a tecnologia chegar por aqui, deixe o seu comentário.