Se você acha que os pagamentos digitais chegaram ao auge com o Pix, prepare-se: a próxima revolução está começando — e atende pelo nome de pagamentos agênticos (agentic payments).
Leia meu artigo publicado no Brazil Journal, em maio/25
Se você acha que os pagamentos digitais chegaram ao auge com o Pix, prepare-se: a próxima revolução está começando — e atende pelo nome de pagamentos agênticos (agentic payments).
Leia meu artigo publicado no Brazil Journal, em maio/25
Desde o anúncio da aquisição da Worldpay pela Global Payments e a venda de sua unidade de emissão para a FIS, os mercados reagiram de maneira contrastante. Entre 16/4 e 22/4, as ações da Global Payments caíram cerca de 15%. Já as da FIS subiram os mesmos 15%. Essa divergência reflete percepções distintas dos investidores sobre os riscos e benefícios das transações para cada empresa.
Leia o artigo do Edson Santos, publicado por Finsiders Brasil, em abril/25.
Em apenas quatro anos, o PIX alcançou uma penetração de 35% no consumo privado das famílias brasileiras – um feito impressionante, considerando que os cartões levaram mais de 30 anos para alcançar 52% de penetração.
O impacto dessa inovação vai muito além dos números. Em minha análise, o PIX reflete a capacidade única do mercado brasileiro de se reinventar rapidamente, transformando o comportamento de consumidores e empresas em um curto espaço de tempo.
Leia a matéria de Edson Santos, publicada no Brazil Journal em Janeiro/25
A evolução das transações online nunca foi tão crítica quanto nos dias de hoje. O 3D Secure, ou simplesmente 3DS, emerge como a solução que pode redefinir os padrões de segurança e eficiência no comércio eletrônico global. Desenvolvido pela EMVCo, o protocolo representa uma evolução necessária frente aos crescentes desafios de segurança digital e experiência do consumidor.
Sua origem remonta à necessidade de transações mais seguras, impulsionada pela crescente onda de fraudes online e regulamentações como a PSD2 na União Europeia, que tornou obrigatória a autenticação forte do cliente (SCA). Esse modelo de autenticação baseia-se em três pilares essenciais:
O 3DS vai além do modelo anterior, introduzindo uma autenticação dinâmica que elimina a dependência de senhas fixas, oferecendo alternativas como biometria ou códigos enviados ao dispositivo do usuário. Sua arquitetura flexível coleta dados contextuais da transação – como geolocalização e tipo de dispositivo – permitindo uma análise de risco precisa e fluida. Quando tudo parece estar em conformidade, o processo ocorre em segundo plano, sem interrupções para o consumidor.
Como funciona o 3DS na prática? Abaixo, apresento o fluxo de uma transação com o protocolo:
Esse fluxo não apenas reduz fraudes, mas também melhora a experiência do usuário, permitindo transações mais rápidas e seguras.
Embora o 3DS não seja universalmente obrigatório, seu uso é cada vez mais incentivado. Na União Europeia, tornou-se padrão. Já no Brasil, o protocolo ganha força em meio à expansão do comércio eletrônico e à pressão por maior segurança nas transações digitais. As bandeiras Visa e MasterCard estão na linha de frente, exigindo sua adoção por emissores, credenciadoras e varejistas, seja por diretrizes regulatórias ou para minimizar riscos de chargebacks. Ambas promovem incentivos comerciais e penalidades para estimular a adesão.
Os benefícios são claros para todos os elos da cadeia de pagamentos. Para o varejista, significa uma redução significativa nas taxas de fraude e chargebacks, além de menor abandono de carrinhos, já que o processo é otimizado para ser imperceptível. Emissores e credenciadoras ganham com a proteção aprimorada, reduzindo perdas financeiras e fortalecendo a confiança do mercado. Para as bandeiras, a uniformidade do padrão garante maior integridade em suas redes. Mas é o consumidor quem colhe os frutos mais tangíveis: compras online mais seguras, ágeis e com menos fricção.
Ainda assim, o 3DS não é uma “bala de prata”. Sua implementação exige investimentos significativos em tecnologia e educação, tanto para comerciantes quanto para consumidores. Além disso, desafios como a compatibilidade de dispositivos mais antigos e o ajuste fino dos algoritmos de risco podem gerar dores de cabeça iniciais. Mas o consenso é que os ganhos compensam amplamente os custos.
No Brasil, a evolução da adoção segue em ritmo acelerado. Bancos e fintechs já incorporaram o protocolo em suas plataformas, enquanto marketplaces e grandes varejistas avançam para mitigar fraudes e criar experiências de compra mais fluidas. Em um mercado onde cada segundo de fricção pode significar a perda de uma venda, o 3DS representa um divisor de águas.
A mensagem é clara: quem não adotar o 3DS pode se encontrar em desvantagem competitiva. A resistência ao avanço tecnológico, neste caso, não é apenas uma questão de custo – é uma questão de sobrevivência. E, para os consumidores, a promessa de transações mais seguras e confiáveis é um passo bem-vindo em direção ao futuro do comércio digital.
Em apenas quatro anos, o Pix alcançou uma penetração de 35% no consumo privado das famílias brasileiras, um feito impressionante, considerando que os cartões de pagamento levaram mais de 30 anos para alcançar 52% de penetração.
O impacto dessa inovação vai muito além dos números. Em minha análise, o Pix reflete a capacidade única do mercado brasileiro de se reinventar rapidamente, transformando o comportamento de consumidores e empresas em um curto espaço de tempo.
A indústria de cartões de pagamento, que por décadas cresceu a taxas de dois dígitos, está enfrentando sua maior prova de fogo. Entre 2009 e 2024, o setor expandiu a uma média anual de 17%, impulsionado pela substituição do dinheiro e dos cheques por meios de pagamento digitais. Agora, no entanto, o setor enfrenta mostra sinais claros de desaceleração.
Analistas de mercado de capitais já alertaram para o fato de o Pix e os cartões já terem conjuntamente uma penetração de 90% do consumo privado das famílias brasileiras, que limita o crescimento futuro dos cartões de pagamento.
Entretanto, o surgimento de novas funcionalidades do Pix (promovida pelo Banco Central) e as inovações criadas pelas fintechs brasileiras prometem transformar ainda mais o setor. Acredito que os cartões de pagamento enfrentarão forte concorrência e perderão participação nos próximos anos.
O Pix por aproximação está prestes a substituir os cartões de débito? Tudo indica que sim, mas será que os players do mercado estão preparados para essa mudança? Previsto para março de 2025, o pix por aproximação deve praticamente “matar” as transações realizadas com cartões de débito e pré-pago em alguns anos, oferecendo maior conveniência aos consumidores e custos significativamente menores para lojistas.
Nos últimos meses, observei como as fintechs brasileiras estão aproveitando o Pix para transformar o mercado de crédito e pagamentos. Essas empresas estão explorando o potencial do Pix, combinado com o Open Finance, para oferecer produtos e serviços que simplificam a experiência do consumidor e criam alternativas altamente competitivas. Ao explorar funcionalidades como o Pix Recorrente e o Pix Inteligente, essas empresas não estão apenas atendendo às demandas de um mercado em transformação, essas inovações desafiam o modelo tradicional dos cartões de crédito e estão mudando as regras do jogo.
Com essas mudanças, o crescimento médio do valor das transações realizadas com cartões de pagamento deve cair drasticamente. Com base em minha análise e experiência, projetei um aumento médio anual de apenas 1,5% nos próximos quatro anos, bem abaixo dos 17% registrados entre 2009 e 2024. Essa desaceleração não só reduz as oportunidades de expansão, mas também coloca pressão direta sobre as margens e o valuation das empresas do setor, especialmente as listadas em bolsa.
Outro fator transformador é a evolução regulatória.
Para mim, as mudanças viabilizadas pelo Banco Central mostram como o regulador está equilibrando inovação com estabilidade financeira. Após um período de abertura, vemos agora um movimento claro para consolidar as bases do mercado e proteger consumidores e empresas. O BC, que inicialmente abriu o mercado para inovação e concorrência, agora endurece as regras, com exigências de maior capital prudencial e aumento dos custos operacionais. Esse ‘aperto’ regulatório, combinado com o crescimento reduzido, representa um desafio significativo, mas também uma oportunidade para players inovadores redefinirem suas estratégias e consolidarem sua posição no mercado.
No centro dessa revolução está o consumidor. Ele agora conta com experiências de pagamento mais simples, mais fluídas e altamente personalizadas. Para mim, essa transformação não é apenas tecnológica. Ela reflete como a cultura brasileira adota rapidamente inovações que oferecem conveniência e economia.
O Brasil, mais do que nunca, está se consolidando como um verdadeiro laboratório global de inovação em pagamentos. Até 2028, Pix e cartões devem representar mais de 90% do consumo privado das famílias brasileiras, com o Pix indo de 35% para 55% de penetração (roubando share dos cartões).
Porém, o que define o futuro não será apenas a tecnologia em si, mas a capacidade das empresas de se adaptarem. Para empresas visionárias, este é o momento de inovar e liderar. Para as que hesitarem, o tempo de adaptação está se esgotando.
Os pagamentos no Brasil estão passando por uma transformação sem precedentes. A indústria de cartões, que por décadas impulsionou a digitalização dos meios de pagamento, enfrenta agora um novo cenário. O crescimento de dois dígitos que marcou a história do setor está se esgotando, enquanto o mercado se aproxima de uma saturação.
O Pix, em sua jornada disruptiva, está liderando esta transformação. Nos próximos anos, o Pix substituirá as transações com cartões de débito e pré-pagos e ganhar relevância em áreas como pagamentos recorrentes e crédito. Regulamentações do setor, antes impulsionadoras de inovação, agora mais rígidas impõem desafios significativos, aumentando custos e acelerando a consolidação do mercado.
Essas mudanças trazem implicações profundas para empresas e investidores, e a Colink Business Consulting está à frente dessa discussão. Liderado por Edson Santos, autor e especialista em meios de pagamento, nosso estudo minucioso revela os elementos que moldam o futuro do setor e fornece insights estratégicos para enfrentar essas mudanças.
Estamos oferecendo workshops exclusivos para ajudar empresas a compreender esse cenário em transformação. Esses encontros provocam reflexões, trazem insights relevantes e apresentam uma visão prática para capturar oportunidades, navegar desafios e ajustar estratégias a este novo mercado.
Descubra por que o Pix, o Open Finance e as mudanças regulatórias estão reconfigurando o setor de pagamentos e como sua empresa pode se preparar para liderar nesse contexto.