Excelente artigo publicado por Steven Q. Riddick, Director of Global Product Delivery da Global Payments. Vale a pena ler:
Categoria: Cartões de Pagamento
Os meios de pagamento se tornam cada vez mais simples, fácil de utilizar, rápidos, seguros e mais baratos. Até aqui nenhuma novidade, certo?
Segurança e simplicidade nem sempre combinam muito bem, afinal o ato de autenticar o pagador é um dos processos que requer cuidados e nem sempre é simples.
Em uma transação de pagamento, independentemente do valor, há que estabelecer a confiança entre as partes afim de que o pagamento seja concluído. Assim, quando ofereço pagar com um cartão de crédito de uma bandeira conhecida, o recebedor, desde que seja credenciado à um acquirer, normalmente se sente confortável e seguro de receber o pagamento.
Entretanto, o que parece ser uma transação simples (e de fato é, se compararmos com outras formas de pagamento) envolve uma série de processos de comunicação, processamento e logística, além de requerer um terminal de captura, um cartão de pagamento, uma senha, etc.
Que tal eliminar o cartão e utilizar outro tipo de terminal de captura? Deixe sua carteira em casa! Este é o convite da Keyo, uma FinTech de pagamento que vê o futuro na palma de sua mão.
Utilizando biometrica como forma de autenticar e acessar a carteira eletrônica do pagador, a Keyo testa em algumas lojas na cidade de Chicago. O vídeo é autoexplicativo! Mas se trata de uma plataforma de pagamento biométrica que mapeia o padrão de vasos sanguíneos da palma da sua mão para criar um identificador biométrico exclusivo conectado ao seu cartão de crédito ou cartão de débito.
Veja a matéria de Karis Hustad no ChicagoInno.
Na semana passada, tive a oportunidade de assistir uma palestra do Guga Stocco, Head de Estratégia do Banco Original. Guga nos falava sobre inovação e mencionou o grande avanço da chinesa WeChat e nos alertou para a Amazon. Em sua opinião, a Amazon pode se tornar um grande player em mobile payments. Fiquei intrigado e foi buscar mais informações e, entre outras coisas, encontrei o texto de Danny Parisi em Mobile Commerce Daily.
Quando as pessoas pensam em pagamentos móveis, existem alguns nomes que provavelmente vem a sua mente. Apple Pay, Samsung Pay, Google Wallet, PayPal estão todos na vanguarda do mundo de pagamento móvel. Alguns se lembraram da gigante chinesa WeChat.
Mas há um nome que tem ficado escondido – a Amazon. A empresa se mantém em silencio quando se trata de pagamento móvel, não fazendo muita publicidade em torno de Amazon Payments.
Isso pode mudar no futuro, já que a Amazon acaba de lançar alguns dados de uma revisão interna que descobriu que o Amazon Payments estava sendo usado por 33 milhões de clientes. E mais, 32% desses clientes estão usando o Amazon Payments através de um dispositivo móvel.
Esses números podem ser surpreendentes para aqueles que não têm considerado como a Amazon se encaixa no espaço de pagamento móvel.
Mas a Amazon está realmente em uma posição muito forte para fazer ondas com pagamento móvel. Com sua enorme base de usuários, a Amazon já tem uma enorme quantidade de cartões de crédito ligados às contas da Amazon.
Esta base já internalizada faz da Amazon Payments uma transição fácil para muitos consumidores, que podem facilmente começar a usar o serviço sem ter que adicionar muito mais informações.
A Amazon tem se concentrado principalmente em permitir que os consumidores façam compras on-line com o Amazon Payments, mas isso também está mudando à medida que a Amazon continua sua migração para o varejo físico também.
As lojas da Amazon recentemente lançadas da Amazon Books já estão usando o Amazon Payments para check-out móvel e sua loja experimental Amazon Go usa uma versão dele também.
Esses números podem representar uma parcela significativa da “pizza”de pagamento móvel que é projetada para continuar um crescimento constante nos próximos anos.
O volume de pagamentos móveis nos EUA deve ter totalizado US $ 112 bilhões em 2016 e estima-se crescer a uma taxa composta anual de 20% até chegar a US $ 282 bilhões até 2021, de acordo com um relatório da Forrester.
Essas previsões são consistentes com os modelos de crescimento atuais, que mostram que os pagamentos móveis aumentaram em 30% em 2016.
Com esse crescimento potencial, devemos manter um olho em como o setor de pagamento móvel se expande ao longo dos próximos anos, com um foco particular em ver o quanto a Amazon irá investir em seus serviços de pagamento.
Se a história nos ensinou alguma lição, é que qualquer indústria que a Amazon entre é provável que seja um grande competidor.
O estudo sobre fraude de identidade nos Estado Unidos da América, divulgado por Javelin Strategy & Research, em Fevereiro de 2017, revelou que o número de vítimas de fraude de identidade aumentou em 16%, atingindo um total de 15,4 milhões de consumidores no ano passado. O estudo descobriu que, apesar dos esforços da indústria, os fraudadores adaptaram-se com sucesso. O estudo aponta um aumento no montante de fraude de quase um bilhões de dólares sobre 2015, atingindo um total de US $ 16 bilhões em 2016.
Assim como aconteceu no Brasil, o aumento de cartões com chip e terminais EMV no mercado note americano, foi um catalisador para conduzir os fraudadores a mudar para a abertura de contas falsas, assim como um aumento de 40% na fraude com cartão-não-presente (e-commerce). Em uma nota positiva, enquanto fraudadores estão se tornando melhores em evadir a detecção, os consumidores com uma presença on-line estão ficando melhores na detecção de fraude mais rápido, levando a uma redução global de roubo por tentativa.
O estudo de fraude de identidade de 2017 encontrou quatro tendências significativas:
- A fraude salta para um recorde de incidência – Em 2016, 6,15% dos consumidores tornaram-se vítimas de fraude de identidade, um aumento de mais de 2 milhões de vítimas sobre ano anterior. A taxa de incidência cresceu 16% sobre 2015, a incidência mais elevada desde que Javelin começou a seguir a fraude da identidade. Este aumento foi impulsionado pelo crescimento da fraude de cartão existente, assim como viu um aumento significativo nas transações de cartão-não-presente.
- A fraude com cartão-não-presente sobe significativamente – Impulsionada pela implantação de chip EMV no ponto de venda e pelo crescimento do comércio eletrônico, os fraudadores estão se movendo cada vez mais on-line, aumentando dramaticamente as fraudes com cartão-não-presente em 40% .
- Controle (takeover) de contas existentes voltou a crescer – Após atingir um ponto baixo em 2014, tanto a incidência de controle de conta e as perdas subiram notavelmente em 2016. Total de perdas atingiu US $ 2,3 bilhões, um aumento de 61% sobre 2015, enquanto a incidência subiu 31%. O controle de contas continua a ser um dos tipos de fraude mais desafiadores para os consumidores, com vítimas pagando uma média de US $ 263 em custos e gastando um total de 20,7 milhões de horas para resolvê-lo em 2016 – 6 milhões a mais que em 2015.
- A fraude de novas contas continua inalterada – À medida que os cartões e terminais EMV continuam permeando o ambiente de POS dos EUA, os fraudadores mudam para a abertura de contas fraudulenta. Ao mesmo tempo, os fraudadores tornaram-se melhores em fugir à detecção, sendo que as vítimas da fraude de novas contas foram mais propensas a descobrir fraudes através da revisão de seu relatório de crédito (15%) ou quando foram contatadas por um cobrador de dívidas (13%).
A notícia publicada pela Olga Kharif, da Bloomberg, sob o título: GM e Mastercard querem que carros paguem contas, mostra que diversas montadoras estão investindo em mobile payments, afim de oferecer uma nova experiência aos seus clientes na hora de pagar por combustível, estacionamento, pedágio, drive-thru, etc.
Uma tendência natural que já discutimos nesse blog em “O futuro é agora”. O pagamento se tornará cada vez mais invisível. O cliente decide o que consumir e o pagamento passa ser uma feito automaticamente. Muito de nós não vemos problemas ao automatizar pagamentos de pequena monta, principalmente relacionados ao consumo de produtos e serviços do dia-a-dia, como por exemplo, o cafezinho, almoço, Uber, o jornal, estacionamento, etc..
Mas por que, empresas como GM, Ford, VW, etc, querem “participar” do negócio de pagamentos? Você compraria um modelo diferente só porque vem com essa facilidade? Acredito que não.
Entretanto, a resposta pode ser simples, muitos fabricantes ainda mantém uma relação muito distante de seus consumidores. Analise, por exemplo, o seu caso com as montadoras de veículos. Quantas vezes você trocou de carro, algumas vezes da mesma marca, mas parece que para o revendedor e a montadora você está lá pela primeira vez. Eles não sabem nada a seu respeito nem como você utiliza seus produtos. Não são somente as montadoras, mas há uma grande distância entre o produtor e consumidor em diversos setores da economia.
Eureka!!!
Se as montadores puderem saber por onde você “roda”, o que consome, quando consome, etc. aí sim, saberiam algo a seu respeito e eventualmente poderiam lhe oferecer serviços e produtos adequados ao seu estilo, gosto e bolso. Afinal, na hora de fazer algum pagamento é que eventualmente revelamos quem somos, ao utilizar os meios eletrônicos de pagamento. Certamente isto não aplica a moedas virtuais como BitCoin.
Utilizando IoT (“Internet of Things”), ou seja, conectando seu veículo à internet e lhe oferecendo simplicidade e praticidade para fazer pagamentos, as montadores poderão reunir uma quantidade de informações importantes sobre os hábitos de seus clientes e, de certa forma, reduzir drasticamente a distância que existe entre fornecedor e consumidor. Muitas outras empresas tentarão fazer o mesmo, afinal, quanto vale essa informação?
Você concorda? deixe seu comentário!
Digital Wallet não sai dos seus pensamentos? então não deixe de ler o artigo de Alex Rampell: “Why your wallet is becoming the next platform”
Com uma visão holística, Alex nos mostra o que chamou de “pilha” (Stack), ou o “caminho” natural quando se utiliza “mobile payment” para acessar e utilizar um meio de pagamento eletrônico.
Neste artigo, ele nos faz pensar como cada player tenta defender sua posição na pilha. Alex mostra como startups (FinTech) deveriam se posicionar quando buscam seu lugar na “pilha de pagamento”.