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Stablecoins e a Evolução dos Pagamentos Digitais: Perspectivas Globais e o Contexto Brasileiro

stablecoin brasil drex

No Brasil, o varejo já vive o futuro dos pagamentos — e ele se chama Pix.
Com liquidação instantânea, custo baixíssimo, ampla aceitação e integração nativa ao sistema bancário, o Pix oferece uma experiência tão eficiente que deixa pouco espaço para stablecoins competirem no cotidiano de quem compra ou vende localmente.
Mas o cenário muda quando olhamos para pagamentos transfronteiriços. É nesse nicho que as stablecoins começam a se destacar: são rápidas, acessíveis, funcionam 24/7 e eliminam boa parte da fricção e dos custos típicos das transferências internacionais. Freelancers, pequenos importadores e criadores de conteúdo que operam em dólar já perceberam isso.
No Brasil, stablecoins não substituem o Pix — mas podem complementar. Especialmente quando o assunto é liquidação global, programabilidade e inclusão digital além das fronteiras.

Lei meu artigo publicado no NeoFeed, em julho/25

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A Saturação dos Meios de Pagamento é um debate que precisamos enfrentar

meio de pagamento terminal POS

O mercado de pagamentos no Brasil está próximo da saturação, com o Pix ganhando espaço e conduzindo a uma disputa competitiva por market share.

Mas só os agentes mais bem preparados vão capturar os ganhos. Lei meu artigo publicado no NeoFeed, em junho/25

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Nova fase vai muito além dos pagamentos “invisíveis”

Pagamentos | Imagem: Canva

Com o lançamento da Visa Conecta, temos mais uma evidência clara de que Visa e Mastercard estão expandindo sua atuação para além dos cartões. Isso é parte de uma missão institucional que vai muito além de responder às demandas do mercado.

Lei meu artigo publicano da Finsiders em junho/25

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Visa lança o A2A, uma solução conta-a-conta sem intercâmbio e sem adquirente

OPINIÃO. Visa lança o A2A, uma solução conta-a-conta sem intercâmbio e sem adquirente 

Leia meu artigo publicado no Brazil Journal, em junho/25

 

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O PIX e o fim da hegemonia dos cartões

Em apenas quatro anos, o PIX alcançou uma penetração de 35% no consumo privado das famílias brasileiras – um feito impressionante, considerando que os cartões levaram mais de 30 anos para alcançar 52% de penetração.

O impacto dessa inovação vai muito além dos números. Em minha análise, o PIX reflete a capacidade única do mercado brasileiro de se reinventar rapidamente, transformando o comportamento de consumidores e empresas em um curto espaço de tempo.

Leia a matéria de Edson Santos, publicada no Brazil Journal em Janeiro/25

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Segurança sem Fricção: O Papel do 3D Secure nos Pagamentos Digitais

A evolução das transações online nunca foi tão crítica quanto nos dias de hoje. O 3D Secure, ou simplesmente 3DS, emerge como a solução que pode redefinir os padrões de segurança e eficiência no comércio eletrônico global. Desenvolvido pela EMVCo, o protocolo representa uma evolução necessária frente aos crescentes desafios de segurança digital e experiência do consumidor.

Sua origem remonta à necessidade de transações mais seguras, impulsionada pela crescente onda de fraudes online e regulamentações como a PSD2 na União Europeia, que tornou obrigatória a autenticação forte do cliente (SCA). Esse modelo de autenticação baseia-se em três pilares essenciais:

  • Conhecimento: Algo que só o usuário sabe, como uma senha ou PIN. É o fator mais comum, mas também o mais vulnerável, pois pode ser compartilhado ou descoberto por terceiros.
    Posse: Algo que só o usuário possui, como um celular ou token de segurança. Este fator adiciona uma camada física de proteção, garantindo que o usuário tenha um dispositivo em mãos.
  • Inerência: Algo que o usuário é, como impressão digital ou reconhecimento facial. Trata-se de um elemento biométrico único e difícil de replicar, consolidando a segurança da autenticação.
  • Combinando pelo menos dois desses elementos, o protocolo reduz drasticamente a possibilidade de acesso não autorizado, garantindo que cada transação seja validada com base em múltiplos níveis de segurança.

O 3DS vai além do modelo anterior, introduzindo uma autenticação dinâmica que elimina a dependência de senhas fixas, oferecendo alternativas como biometria ou códigos enviados ao dispositivo do usuário. Sua arquitetura flexível coleta dados contextuais da transação – como geolocalização e tipo de dispositivo – permitindo uma análise de risco precisa e fluida. Quando tudo parece estar em conformidade, o processo ocorre em segundo plano, sem interrupções para o consumidor.

Como funciona o 3DS na prática? Abaixo, apresento o fluxo de uma transação com o protocolo:

  1. O consumidor inicia uma compra online e insere os dados do cartão.
  2. O comerciante envia a solicitação de pagamento para o adquirente.
  3. O adquirente (motor 3DS) repassa a informação para as bandeiras (Visa, MasterCard etc.).
  4. A bandeira consulta o emissor do cartão, que verifica os dados coletados (dispositivo, localização, histórico de compras) para calcular o risco da transação.
  5. Se a transação for considerada de baixo risco, é aprovada automaticamente. Caso contrário, é iniciada a autenticação adicional:
    • O emissor cria o desafio e envia a URL para a loja;
    • A loja apresenta o desafio no checkout;
    • O comprador responde o desafio, completando a autenticação.
  6. O emissor envia o resultado da autenticação para a loja.
  7. A loja conclui o processo.

Esse fluxo não apenas reduz fraudes, mas também melhora a experiência do usuário, permitindo transações mais rápidas e seguras.

Embora o 3DS não seja universalmente obrigatório, seu uso é cada vez mais incentivado. Na União Europeia, tornou-se padrão. Já no Brasil, o protocolo ganha força em meio à expansão do comércio eletrônico e à pressão por maior segurança nas transações digitais. As bandeiras Visa e MasterCard estão na linha de frente, exigindo sua adoção por emissores, credenciadoras e varejistas, seja por diretrizes regulatórias ou para minimizar riscos de chargebacks. Ambas promovem incentivos comerciais e penalidades para estimular a adesão.

Os benefícios são claros para todos os elos da cadeia de pagamentos. Para o varejista, significa uma redução significativa nas taxas de fraude e chargebacks, além de menor abandono de carrinhos, já que o processo é otimizado para ser imperceptível. Emissores e credenciadoras ganham com a proteção aprimorada, reduzindo perdas financeiras e fortalecendo a confiança do mercado. Para as bandeiras, a uniformidade do padrão garante maior integridade em suas redes. Mas é o consumidor quem colhe os frutos mais tangíveis: compras online mais seguras, ágeis e com menos fricção.

Ainda assim, o 3DS não é uma “bala de prata”. Sua implementação exige investimentos significativos em tecnologia e educação, tanto para comerciantes quanto para consumidores. Além disso, desafios como a compatibilidade de dispositivos mais antigos e o ajuste fino dos algoritmos de risco podem gerar dores de cabeça iniciais. Mas o consenso é que os ganhos compensam amplamente os custos.

No Brasil, a evolução da adoção segue em ritmo acelerado. Bancos e fintechs já incorporaram o protocolo em suas plataformas, enquanto marketplaces e grandes varejistas avançam para mitigar fraudes e criar experiências de compra mais fluidas. Em um mercado onde cada segundo de fricção pode significar a perda de uma venda, o 3DS representa um divisor de águas.

A mensagem é clara: quem não adotar o 3DS pode se encontrar em desvantagem competitiva. A resistência ao avanço tecnológico, neste caso, não é apenas uma questão de custo – é uma questão de sobrevivência. E, para os consumidores, a promessa de transações mais seguras e confiáveis é um passo bem-vindo em direção ao futuro do comércio digital.