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A desmaterialização segue seu curso

Autor: Edson Santos.

Data: 20 de maio de 2016

   

 

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Um dos meus assuntos preferidos é a desmaterialização de produtos e serviços, como evidência da nossa evolução. Estamos constantemente criando no mundo virtual (digital) tudo o que já conhecemos no mundo material.

Em economia, o termo desmaterialização refere-se a redução absoluta ou relativa na quantidade de materiais necessários para atender as funções econômicas na sociedade. Em termos comuns, desmaterialização significa “fazer mais com menos”.

Como exemplo, vale ressaltar que todas as tecnologias  de luxo dos anos 1980 já foram desmaterializados e agora vêm de fábrica com uma Smartphone.

Você tem o seu localizador GPS, a sua enciclopédia, o seu rádio, sua câmera, gravador de vídeo, gravador de voz, etc, etc. Trinta anos atrás, estes dispositivos provavelmente teria custar centenas de milhares de dólares; hoje eles vêm com seu smartphone ou em app gratuitos.

Em seu livro “Abundance”, Peter Diamandis e Steven Kotles avaliam que toda tecnologia que se pode carregar em um smartphone hoje, praticamente grátis, equivale a US$ 1 milhão em tecnologia da década de 1980.

Com uma conta no Instagram, você tem acesso livre a software de edição que há 10 anos era vendido como um pacote de US$ 2 milhões.

Que tal “desmaterializar” o App? Que lhe parece ter acesso ao que você busca no mundo digital/virtual sem a necessidade de “baixar” um aplicativo, reduzindo a dependência de memória de seu smartphone?

Instalar um app será coisa do passado. Google revelou os Android Instant Apps – aplicativos que rodam sem nem serem instalados – durante a sua conferência anual de desenvolvedores, nesta quarta-feira, 18/05, nos EUA. Veja a matéria em: Android Instant Apps lets you use apps without downloading them

Trata-se de um aplicativo nativo sem que o usuário precise baixar o app completo. Na prática, o que o Google conseguiu criar foi uma maneira de transformar qualquer aplicativo Android em uma página web, aberta pelo navegador do smartphone.

A novidade pode revolucionar a experiência de comércio móvel no futuro. Por exemplo: se o usuário clicar no anúncio de um tênis de corrida, em vez de ter que baixar o aplicativo do varejista, seria aberta uma tela igual à do app nativo, mas diretamente na página do check-out, já com o produto selecionado. Se o usuário já tiver cadastrado os dados do seu cartão no Android Pay, bastará mais um clique para comprar.

“Queremos facilitar a conexão entre usuários e desenvolvedores. Para os usuários acessarem uma variedade maior de apps, e para os desenvolvedores alcançarem mais pessoas. Com a web, você pode apenas clicar em um link e cair em uma página web. Isso é apenas um clique, e você chega lá em poucos segundos. E se você pudesse rodar qualquer app com um toque? É nisso que estamos trabalhando”, afirmou Ellie Powers, gerente de produtos da equipe Android, durante a conferência.

A novidade pode revolucionar a experiência de comércio móvel no futuro. Quando um cliente clicar no anúncio de um produto, em vez de ter que baixar o aplicativo do varejista, será aberta uma tela igual à do app nativo, mas diretamente na página do check-out, já com o produto selecionado. Se o cliente for também usuário do Android Pay, bastará mais um clique para comprar.

“Vai levar apenas dois toques, não dois minutos”, afirmou Powers.

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